quinta-feira, 29 de abril de 2010

Plantação de carvalhos




As bolotas foram recolhidas pelos alunos do 1º, 2º, 3º e 4º anos, no Outono, com o objectivo de, na Primavera, plantar carvalhos.

Foi o que aconteceu no dia 3 de Maio, no espaço circundante da Junta de Freguesia de Pindelo: as crianças do Jardim-de-Infância e as da EB 1 de Pindelo puseram mãos à obra na plantação de árvores. O entusiasmo foi grande!

Como forma de sensibilização para a preservação da natureza, o tema da reflorestação foi abordado nas aulas. Aqui fica o exemplo de um trabalho realizado pelo 3º ano!



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quarta-feira, 28 de abril de 2010

1º Aniversário da Biblioteca




















No dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, comemorou-se o primeiro aniversário da Biblioteca. Para assinalar esta data, os alunos desta escola colocaram em exposição as frases que haviam construído e ilustrado anteriormente com a temática"O livro". Além disso, como se aproximava o 25 de Abril, foi apresentada o audio-livro "O tesouro" de Manuel António Pina. No final da história, a professora Graça ofereceu a todos os alunos um cravo em papel, feito pelos alunos do 6º ano da escola sede.
Ainda houve tempo para, simbolicamente, assinalar este aniversário com um bolo confeccionado pelos alunos do Curso de Educação e Formação de Padaria e Pastelaria e usufruir de um agradável lanche-convívio.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR


O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da Unesco, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare.

A ideia de comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro.

Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.


Abril Livros Mil




Os alunos do 2º ano, acompanhados pela professora Rosário Marques e pela Assistente Operacional Ana Cláudia Paiva, deslocaram-se à Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, no dia 16 de Abril, para participar n' "O Jogo dos Gabinetes". Nesta Oficina de criação de livros, os participantes eram convidados a criar um livro, a partir da visita a doze Gabinetes Temáticos. Para isso, aprenderam, a partir de uma folha A3, a construir o "miolo" de um livro, onde iriam depois escrever e ilustrar as histórias inventadas.

Foram momentos que apelaram à criatividade da pequenada!

Estes foram os desenhos produzidos pelos alunos:
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

MENSAGEM DO DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL - 2 DE ABRIL

Um livro espera-te. Procura-o

Era uma vez

um barquinho pequenino,

que não sabia,

não podia

navegar.

 

Passaram uma, duas, três,

quatro, cinco, seis semanas,

e aquele barquinho,

aquele barquinho

navegou.


Antes de se aprender a ler aprende-se a brincar. E a cantar. Eu e os meninos da minha terra entoávamos esta cantiga quando ainda não sabíamos ler. Juntávamo-nos na rua, fazendo uma roda e, ao despique com as vozes dos grilos no Verão, cantávamos uma e outra vez a impotência do barquinho que não sabia navegar.

Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.

 

Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.

Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.

 

Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».

 

Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.

 

Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, a embarcação de Sindbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.

 

É por isso que… não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.

 

ELIACER CANSINO

Tradução: José António Gomes